quinta-feira, 9 de junho de 2011

3096 Dias { O livro sobre o famoso caso de Natascha Kampusch }




Sinopse


Natascha Kampusch sofreu o destino mais terrível que poderia ocorrer a uma criança: em 2 de março de 1998, aos 10 anos, foi sequestrada a caminho da escola. O sequestrador - o engenheiro de telecomunicações Wolfgang Priklopil, a manteve prisioneira em um cativeiro no porão durante 3.096 dias. Nesse período, ela foi submetida a todo tipo de abuso físico e psicológico e precisou encontrar forças dentro de si para não se entregar ao desespero.
Agora, pela primeira vez, Natascha Kampusch fala abertamente sobre o sequestro, o período no cativeiro, seu relacionamento com o sequestrador e, sobretudo, como conseguiu escapar do inferno, permitindo ao leitor compreender os processos de transformação psicológica pelos quais passa uma pessoa mantida em cativeiro, sofrendo todo tipo de agressão física e mental imaginável.

Relato Real ..





"Eu fui uma de tantas crianças que foram abusadas sexualmente na infância por meu pai.
Não fui a primeira nem a última.
Antes de me abusar, ele já abusara de crianças e adolescentes, tanto na família de origem dele como na da minha mãe.
Minhas lembranças de ter sido abusada por ele, vêm desde a época que eu ainda ia ao jardim de infância. Meu pai me assediava diariamente e esta tortura durou por toda minha infância e também adolescência, quando comecei a tentar me esquivar dele e a protestar contra suas investidas.
Como é comum de abusadores deste tipo, desde pequenina meu pai fazia chantagens emocionais comigo, pedia que eu guardasse segredo, como prova de meu amor por ele, pois caso contrário ele afirmava que seria preso.
Ele dizia que as pessoas não entenderiam este amor dele por mim.
Segundo ele, este amor que ele dizia sentir por mim era o maior que ele já tivera.
Ele dizia não sentir amor por minha mãe e sim por mim.
Meus conceitos de certo ou errado, ficaram afetados por muitos anos, pois o conflito de querer acreditar que meu pai estava certo, como toda criança acredita e a sensação de que algo estava muito errado, por causa do segredo que ele me fazia guardar, fizeram com que eu tivesse uma percepção muito distorcida da realidade durante a minha infância.
Jamais consegui ter proximidade com minha mãe ou ser amiga dela, nem eu sentia que ela era minha amiga, pois meu pai dizia que se ela sentiria muitos ciúmes e raiva de mim se um dia soubesse que ele amava mais a mim do que a ela.
Assim, como defesa, eu passei a sentir raiva dela desde criança.
Anos mais tarde, quando eu já era adulta, fiquei sabendo que ela tinha conhecimento de que meu pai abusara de pessoas na família dela também, antes de eu nascer.
Sabendo disto não consegui mais ter respeito por ela depois de perceber que, apesar de ela saber que meu pai continuava a abusar sexualmente de crianças, ela ainda insistia tanto em querer ficar ao lado dele.
Acho importante transmitir às pessoas o quanto o abuso sexual se estende para muito além do próprio abuso sexual.
Isso afeta a vida das pessoas no sentido mais intenso e mais extenso que qualquer tipo de violência pode causar, ao mesmo tempo que deixa a pessoa viva para sofrer a dor do abandono, da traição e do desamor.
Minha baixa auto estima, meu sentimento derrotista e minhas dificuldades de relacionamentos culminaram em uma forte depressão aos meus 26 anos, quando fui abandonada por um namorado, que apesar de ser médico, dizia não conseguir conviver com meus estados depressivos.
Como muitas das vítimas de abuso sexual na infância, eu também não quis mais viver…
Após longo período de hospitalização, psicoterapia e antidepressivos, tive retomada a vontade de viver.
Mas o principal motivo, foi acreditar que eu era amada por aqueles que me socorreram: meus próprios pais.
Pedidos de desculpas, foram encarecidamente apresentados, assim como cumprimentos de novenas e promessas de que meu pai jamais abusaria sexualmente de qualquer pessoa novamente, em troca do meu perdão.
Ele se declarava "curado"!
Jurava que eu podia acreditar nele a partir de então.
Eu era a pessoa que mais queria acreditar nisso.
Eu acreditei que a iminência da minha própria morte o fizera perceber o quanto ele havia me machucado e o perdoei tentando recomeçar uma vida nova.
Eu não fazia idéia ainda, de que a história acontecida comigo voltaria a se repetir por muitos anos afora.
Mais tarde, depois de perceber toda a farsa, ao me dar conta de que ele voltara a abusar sexualmente de crianças, passei anos me debatendo em brigas com meu pai e ele tentando convencer as pessoas de que eu era louca.
Todas as tentativas de fazer com que as pessoas acreditassem em mim foram inúteis.
As pessoas da minha família achavam que eu tinha uma obsessão em suspeitar dele por causa do que eu havia vivido na infância.
Fiquei mais uma vez isolada, desta vez por trazer a verdade à tona e tentar proteger novas vítimas.
Sem as interferências negativas de minha família, consegui me fortalecer, apesar de ter carregado ainda por muitos anos o sentimento de culpa de que se um dia eu fosse tornar pública uma denúncia contra meu pai, eu iria destruir minha família.
Apesar disso, a idéia não me saia da cabeça, pois eu sabia que ele continuava a molestar crianças, mas eu me sentia ainda acuada e isolada para tomar uma atitude em relação a isso.
Tudo mudou, quando tomei conhecimento da ASCA, uma organização de sobreviventes de abuso sexual na infância aqui na Austrália.
Ao ouvir as histórias de outras sobreviventes, me dei conta de como minha história se repetia na vida de tantas outras pessoas que eu nem conhecia e também de como ficava mais claro olhar de fora a experiência destas pessoas e analisar meus próprios traumas.
Além dos encontros, outras formas de ensinamentos compartilhados foram a intensa leitura de obras literárias de outros sobreviventes, de terapeutas do ramo e de pesquisas.
Com tudo isso, passei a não me sentir mais isolada e sim fortalecida.
Eu me conscientizei, a partir de então, que era meu direito reclamar minha dignidade e também era meu dever alertar as pessoas para proteger novas vítimas de meu pai.
Denunciei meu pai por escrito às autoridades Brasileiras.
Decidi que ninguém mais me faria calar todas as angústias e repressões que eu tinha atravessadas na garganta por toda minha vida.
Foi a partir daí que a coisa começou a tomar jeito.
A promotoria apresentou a denúncia e com o tempo outras vítimas de meu pai começaram a confirmar os abusos.
Quando o abusador já estiver em idade avançada, como no caso de meu pai, as pessoas se deixam influenciar pela aparência do velho frágil e desprotegido, sem se dar conta de que por trás daquela imagem ilusória existe uma pessoa perigosa.
Outro problema que ainda existe é a crença de que crianças querem seduzir os adultos através do sexo.
Não existe como a vítima ver no terapeuta o seu aliado, se este não acredita na inocência, tanto do ato, como da intenção desta.
Quebrar o silêncio é o primeiro passo para isso.
Entretanto, também é necessário que esta possa se valer de direitos e de mecanismos legais de proteção e de reconhecimento e de respeito pelos danos sofridos.
A falta de legislação adequada que garanta a proteção das vítimas e testemunhas, bem como o afastamento definitivo do abusador de suas vidas, faz com que a grande maioria jamais reclame ou tome a iniciativa de denunciar os abusadores."

Depoimento de E. N.
Sobrevivente de abuso sexual na infância.
Carta endereçada ao Presidente Luís Inácio da Silva pela vítima.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Video sobre Abusos Sexuais III

Video sobre Abusos Sexuais II



Video sobre Abusos Sexuais




Famosos que já sofreram violações

..."
§  Maya Angelou: Esta célebre poeta afro-americana foi violada aos 7 anos de idade pelo namorado da sua própria mãe. Esta violação sexual teve um impacto muito grave na sua vida, nomeadamente, levou-a a muitos anos de mudez devido ao choque sentido. Porém, Maya afirma que superou o trauma com a ajuda de uma vizinha e claro, através da escrita. 
      Sinead O'Connor: A cantora foi abusada física, sexual e emocionalmente pelos seus próprios pais e é através das suas canções que expressa a dor que sente. Contudo, só recentemente é que teve coragem de falar publicamente acerca da relação abusiva vivida durante a infância. Pamela Anderson: A famosa actriz e modelo revelou, numa entrevista, que foi violada sexualmente quando era adolescente. No entanto, afirma só se ter lembrado do ocorrido décadas depois, porque, segundo ela, "Eu bloqueei mentalmente o trauma".

Oprah Winfrey: Foi por volta dos 9 anos que começou o calvário de violações sexuais da apresentadora mais aclamada dos EUA. "Fui violada quando tinha 9 anos por um primo, e nunca disse nada a ninguém até ter quase 30 anos. Fui, também, abusada sexualmente por um amigo da família, e depois por um tio. Era uma coisa continuada, tanto que, comecei a pensar que a vida era assim..."

Agrafobia...

 
§  Agrafobia é um distúrbio de personalizada onde medo e a aversão ao abuso sexual reinam.
         Esta patologia é mais comum em mulheres do que em homens. Esta fobia geralmente vem relacionada á fase de desenvolvimento e conhecimento dos órgãos sexuais durante a infância.

Activismos? O que são...?




   Activismo  pró-pedofilia
§ O activismo pró-pedofilo é um movimento que é actualmente mantido em sites de Internet e que consiste na abolição ou redução da idade de consentimento, legalização da pornografia infantil e, sobretudo aceitação da pedofiliacomo uma orientação sexual e não como um distrbio psicológico.
   Activismo anti-pedófilo
§  O activismo anti-pedofilo abrange a oposição aos pedófilos, assim como todos os fenómenos relacionados com a pedofilia, com a pornografia infantil e abuso sexual de menores.
§ 

E depois...?

 
§Sobreviventes nesta fase pode ter o seu estilo de vida afetado de alguma das seguintes formas:
§O seu senso de segurança pessoal está danificado.
§Eles  sentem-se hesitantes em entrar novos relacionamentos.
§Questionar sua identidade sexual ou orientação sexual (mais típico em AS homosexuais).
§As relações sexuais tornam-se perturbadas.  Muitos sobreviventes relataram que foram incapazes de restabelecer relações sexuais normais e, frequentemente, esquivaram-se de contato sexual durante algum tempo após o estupro. Alguns relatam inibiu a resposta sexual e flashbacks ao abusp durante o coito.. Por outro lado, alguns sobreviventes de estupro tornam-se hiper-sexual ou promíscua na sequência de ataques sexuais, às vezes como uma forma de reafirmar uma medida de controle sobre suas relações sexuais.
§Alguns sobreviventes de abuso agora vê o mundo como um lugar mais perigoso para viver após o abuso e então eles colocam restrições nas suas vidas pelo que as suas atividades normais serão interrompidas. Por exemplo, podem interromper o envolvimento activo anteriormente em sociedades, grupos ou clubes, ou uma mãe que é uma sobrevivente de AS pode colocar restrições à liberdade dos seus filhos.

Fobias depois do crime...


A psicológicos de defesa comum que é visto em sobreviventes de AS é o desenvolvimento de medos e fobias específicas para as circunstâncias do Abuso, por exemplo:
§Agrafobia
§Um medo de estar em multidões.
§Um medo de ser deixado sozinho em qualquer lugar.
§O medo dos homens.
§Um medo de mulheres.
§Um medo de sair á rua, agorafobia .
§Um medo de ser tocado, hapnophobia .
§medos específicos relacionados com determinadas características do assaltante, por exemplo, bigode, cabelos encaracolados, o cheiro de álcool ou cigarros, tipo de roupa ou carro.
§Alguns sobreviventes desenvolver muito desconfiado, paranóico sentimentos sobre o desconhecido.
Alguns sentem um medo generalizado da maioria ou de todas as outras pessoas.

Rape Trauma Syndrome


§§  Rape trauma Syndrome (RTS) +e uma forma de tarumas psicologicos e transtorno de stesse pós-traumatico esprimentado por uma vitima de uma abuso sexual. RTS descreve um conjunto de sinais físicos e psicológicos, os sintomas e reações comuns à maioria das vítimas de abuso, durante, imediatamente a seguir e, durante meses ou anos depois de um AS (Abuso Sexual).
  Entorpecidos sensoriais, afetiva e funções de memória.
§-
    Pensamento desorganizado
   Vômitos
   Náusea.
          Ansiedade Paralisante
          Pronunciado tremor interno.
       Obsessão de lavar ou limpar-se.
   Histeria , confusão e choro.
          Perplexidade.
      Minimização (fingir "que está tudo bem")
      Supressão (recusa-se a discutir o abuso)

      Explicação (analisa o que aconteceu)

      Foge  (move-se para uma nova casa ou cidade, altera a aparência)

      Problemas de saúde em geral.
      Sensação de impotência
§  Persistentes medos e / ou depressão
§  Humor de relativamente feliz para a depressão ou a raiva
§  Extrema raiva e hostilidade
§  Distúrbios do sono, como sonhos vívidos, pesadelos recorrentes
§  Insônia
§  Flashbacks
§  Dissociação (sentir-se como alguém que não está ligado ao corpo)
§  Ataques de pânico
§  Dependência de mecanismos de enfrentamento, alguns dos quais podem ser benéficos (a filosofia, por exemplo, apoio da família), e outros que possam vir a ser contraproducente (por exemplo, auto-mutilação, drogas , ou abuso de álcool )


Pedofilia? O que é...?

§A

A pedofilia é o atração sexual entre um individuo adulto ou adolescente  está dirigida para crianças pré-puberes (antes da puberdade) .  A palavra pedofilia provem do grego παιδοφιλια (paidophilia)  , onde παις ( pai) significa ‘criança’ e φιλια (philia) significa “amizade”, “afinidade” , “amor” , “afeição” , “atracão ou  afinidade patólogica”.
       Segundo os critérios da OMS (Organização Mundial de Saúde ) , adolescentes com idades compreendidas entre 16 ou 17 anos, podem também ser classificados como pedófilos, desde que a vitima seja uma criança pré-púbere  pelo menos cinco anos mais nova.
    A pedofilia poderá também ser considerada como uma desordem mental . Os atos sexuais entre adultos e crianças abaixo da idade de consentimento (resultantes em ato sexual ou não) é um crime na legislação de inúmeros países.   Pedofilia é o desvio sexual "caracterizado pela atração por crianças, com os quais os portadores dão vazão ao erotismo pela prática de obscenidades ou de atos libidinosos"
§ A pedofilia tem a ver apenas com prazer e é determinada por um erro estrutural no crescimento mental. E tem mais: para o pedófilo, a prática é natural, pois não há culpa na sua cabeça. É como tentar convencer um sadomasoquista do sofrimento da dor.
A criança pelo contrário não sabe o que está a passar embora sinta que algo está mal. Teme despertar a raiva ou ira do pedofilo, com medo de vingança ou Vergonha.


O que é o Abuso Sexual?


§Abuso sexual é a denominação popular e legal para designar uma serie de práticas sexuais forçadas (que pode ser explícito, no caso de adultos - ou tácito, ou implícito, no caso de menores) ou uso da violência (física ou moral).
§O abusos sexual abrange o direito , pois configura um crime , assim como a psicologia e psiquiatria, por poder, eventualmente ser o causador de traumas.
§Exemplos típicos de abusos:
§- Ato sexual forçado.
§- Formas psicológicas de abuso, como assédio sexual.
§- Exploração sexual
     - Pedofilia

sexta-feira, 29 de abril de 2011

                     Apresentação do Grupo
                                      

                              Cláudia Silva

                              Gonçalo Naves
                                                                                  
                              João Silva

                              Sofia Duarte











Bem vindos ao nosso blogue, nós estamos a fazer este trabalho no âmbito de Área de Projecto, para que possamos informar os nossos leitores acerca dos abusos sexuais e assuntos relacionados.



Esperemos que gostem e que acima de tudo fiquem melhor informados acerca do assunto ! (: